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Mistério: três monumentos históricos desaparecem da Praça Saldanha Marinho

Mistério: três monumentos históricos desaparecem da Praça Saldanha Marinho

Fotos: Nathália Schneider (Diário)

Nesta semana, um mistério na Praça Saldanha Marinho tem chamado a atenção de quem circula pelo centro da cidade: onde estão os bustos do poeta Felippe D’Oliveira, do fundador da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mariano da Rocha, e do ator Leopoldo Fróes? Em entrevista à Rádio CDN 93,5 FM, a secretária de Cultura de Santa Maria, Rose Carneiro, relatou sobre o período em que os monumentos sumiram e quem está investigando o ocorrido. 

Conforme ela, os bustos desapareceram poucos dias antes de iniciar a 50ª edição da Feira do Livro. O evento é um marco cultural, ainda mais neste ano em que a Feira completa suas Bodas de Ouro.

– Os órgãos de segurança estão investigando. Já sabemos do que vem acontecendo, e não é apenas em Santa Maria, mas em várias cidades do país: que é o roubo de peças que valem algo pelo material. No caso do Felippe, ele é feito de bronze. Além de ter um valor histórico e artístico para a cidade. 

Desaparecimento ainda é um mistério, mesmo com câmeras de segurança na Praça

A Praça Saldanha Marinho tem câmeras e monitoramento dos órgãos de segurança do município. Entre 2013 e 2014, Rose comenta que o busto do poeta já teve tentativas de furto, mas no período ele foi retirado e chumbado na pedra, onde deveria estar. 

– O monumento estava muito preso. O que me leva a pensar que isso não foi feito uma vez só. Foram deslocando ele da pedra aos poucos, senão levariam horas.

Questionada sobre boatos de que a o busto de bronze de Felippe D’Oliveira estaria derretido, a secretária afirma que o Poder Público não tem essa informação e os órgãos responsáveis ainda têm esperanças de encontrar as peças. O boletim de ocorrência já foi realizado e o desaparecimento está sendo investigado pela Guarda Municipal, Centro Integrado de Operações de Segurança Público de Santa Maria (Ciosp), junto com a Polícia Civil. 

Mariano da Rocha e a memória da cidade

O médico Antônio Manuel Mariano da Rocha, filho do fundador da UFSM, relata que o monumento do pai foi inaugurado em 1999. O mistério envolvendo o desaparecimento afeta a estética e a memória de Santa Maria.

– A colocação do monumento foi uma iniciativa do prefeito da época, Osvaldo Nascimento. O doutor Mariano é um marco para a educação do município. Ele começou o principal movimento de interiorização do Ensino Superior nas cidades. Então, quando soubemos, ficamos muito preocupados com esse problema de vandalismo na cidade e do país. 

Quem foi Felippe D’Oliveira?

Natural de Santa Maria, Felippe Daudt de Oliveira foi jornalista, farmacêutico, empresário, esportista e escritor. Suas contribuições em diversas áreas renderam homenagens, que estão eternizadas em ruas e espaços literários brasileiros. Oliveira morreu, aos 42 anos, em um acidente de carro em fevereiro de 1933. 

Quem foi Leopoldo Fróes?

Nasceu em Niterói em 1882, foi um ator, compositor, letrista e cantor brasileiro. Fundou junto com outros atores o “Retiro dos Artistas”, uma associação que pudesse acolher os artistas que não tinham mais amparo, que precisassem de ajuda. Em comemoração aos 25ª aniversário da fundação da Escola de Teatro Leopoldo Fróes, a instituição ofereceu o busto do ator à cidade de Santa Maria. 

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Eduarda Paz

eduarda.paz@diariosm.com.br

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